(...)
Para fazeres uma ideia pensa
Em engoli-la
(...)
Daniel Faria
21 setembro 2016
08 maio 2016
28 março 2016
O belo resulta sempre de um acidente. De uma quebra brutal entre hábitos adquiridos e hábitos a adquirir. Derrota, nauseia. Chega a causar horror. Quando o novo hábito for adquirido, o acidente deixará de ser acidente. Far-se-á clássico e perderá a virtude de choque. Por isso uma obra nunca é compreendida. É admitida. Se não me engano, a observação pertence a Eugène Delacroix: «Nunca se é compreendido, é-se admitido». Matisse repete com frequência esta frase.
Jean Cocteau
09 março 2016
15 fevereiro 2016
LOGOS
Tu, que eu não vejo, e estás ao pé de mim
E, o que é mais, dentro de mim - que me rodeias
Com um nimbo de afectos e de ideias,
Que são o meu princípio, meio e fim...
Que estranho ser és tu (se és ser) que assim
Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões inominadas, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...
És um reflexo apenas da minha alma,
E, em vez de te encarar como fronte calma,
Sobressalto-me ao ver-te e tremo e exoro-te...
Falo-te, calas... calo, e vens atento...
És um pai, um irmão, e é um tormento
Ter-te a meu lado... és um tirano, e adoro-te!
E, o que é mais, dentro de mim - que me rodeias
Com um nimbo de afectos e de ideias,
Que são o meu princípio, meio e fim...
Que estranho ser és tu (se és ser) que assim
Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões inominadas, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...
És um reflexo apenas da minha alma,
E, em vez de te encarar como fronte calma,
Sobressalto-me ao ver-te e tremo e exoro-te...
Falo-te, calas... calo, e vens atento...
És um pai, um irmão, e é um tormento
Ter-te a meu lado... és um tirano, e adoro-te!
Antero de Quental
11 fevereiro 2016
20 janeiro 2016
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