28 março 2016

O belo resulta sempre de um acidente. De uma quebra brutal entre hábitos adquiridos e hábitos a adquirir. Derrota, nauseia. Chega a causar horror. Quando o novo hábito for adquirido, o acidente deixará de ser acidente. Far-se-á clássico e perderá a virtude de choque. Por isso uma obra nunca é compreendida. É admitida. Se não me engano, a observação pertence a Eugène Delacroix: «Nunca se é compreendido, é-se admitido». Matisse repete com frequência esta frase. 
Jean Cocteau 

12 março 2016


Oh as casas as casas as casas
Só as casas explicam que exista uma palavra como intimidade

09 março 2016


Se quiseres fazer azul, pega num pedaço de céu e mete-o numa panela grande,que possas levar ao lume do horizonte; depois mexe o azul com um resto de vermelho da madrugada, até que ele se desfaça; (...)