21 dezembro 2012
19 dezembro 2012
Mário de Sá-Carneiro . Cartas a Fernando Pessoa
14 dezembro 2012
E nas vozes do mar procura Orpheu:
Ausência que povoa terra e céu
E cobre de silêncio o mundo inteiro.
Assim bebi manhãs de nevoeiro
E deixei de estar viva e de ser eu
Em procura de um rosto que era o meu
O meu rosto secreto e verdadeiro.
Porém nem nas marés, nem na miragem
Eu te encontrei. Erguia-se somente
O rosto liso e puro da paisagem.
E devagar tornei-me transparente
Como morte nascida à tua imagem
E no mundo perdida esterilmente.
06 dezembro 2012
26 novembro 2012
21 novembro 2012
18 novembro 2012
12 novembro 2012
Donner des conseils, dit Goethe, est un affaire bien prėcaire, est quand on a vu, aprės quelque temps combien il arrive souvent que les affaires les mieux combinėes ėchouent, alors que les plus grand folies sont couronnėes de succės, on en vient a ne plus avoir envie de donner des conseils. Au fond, demander conseil est le fait dun petit esprit, est en donner, signe de prėsomption. Il ne faudrait donner des conseils que dans les affaires où l'on veut collaborer. Lorsqu'on me demande un conseil, je reponds volontiers que je suis prêt à le donner, à condition toutefois qu'on me promette de n'en pas tenir compte.
(Conversations de Goethe avec Eckermann)
02 novembro 2012
30 outubro 2012
My dear,
Find what you love and let it kill you.
Let it drain you of your all.
Let it cling onto your back and weigh you down into eventual nothingness.
Let it kill you and let it devour your remains.
For all things will kill you, both slowly and fastly, but it’s much better to be killed by a lover."
Charles Bukowski
29 outubro 2012
(...)
Inventei a cor das vogais! – A negro, E branco,I vermelho, O azul, U verde
Determinei a forma e o movimento de cada consoante,
e, com ritmos instintivos,
procurei inventar um verbo poético acessível, custe o que custar,
a todos os sentidos. Guardei a tradução.
Era acima de tudo um esboço. Escrevi os silêncios,
as noites. Anotei o indizível. Fixei vertigens
Arthur Rimbaud – Alchimie du Verbe (Trad. de Rui Bebiano)
as noites. Anotei o indizível. Fixei vertigens
Arthur Rimbaud – Alchimie du Verbe (Trad. de Rui Bebiano)
14 outubro 2012
10 outubro 2012
30 setembro 2012
16 setembro 2012
10 setembro 2012
28 agosto 2012
07 agosto 2012
05 agosto 2012
Viver muito tempo é sobreviver a muitas coisas, a pessoas amadas, odiadas, indiferentes, a reinos, capitais, mesmo a florestas e árvores que semeámos e plantámos na juventude. Sobrevivemos a nós mesmos, e até ficamos gratamente reconhecidos quando já só nos restam alguns dons do corpo e do espírito. Aceitamos com agrado tudo o que é efémero; e basta já que o eterno nos seja presente em cada momento para não sofrermos com o tempo que passa.
Goethe . Abril de 1823
Goethe . Abril de 1823
03 agosto 2012
25 julho 2012
A arte não se dirige à cultura, mas sim à vida (...) Um poema não faz parte de uma literatura, mas sim do mundo em que estamos.
A arte pode ser estudada no plano da cultura, mas a sua mais funda comunicação é no plano da vida quando na arte somos confirmados. E o verdadeiro nome dessa comunicação é "entusiasmo", dando à palavra o seu sentido grego.
(...)
O homem que é insensível ou indiferente à poesia, à música ou à pintura é um homem ensurdecido no seu ser e diminuído na sua existência. Um homem mutilado, anormal e temível. É o destruidor da alegria.
A arte pode ser estudada no plano da cultura, mas a sua mais funda comunicação é no plano da vida quando na arte somos confirmados. E o verdadeiro nome dessa comunicação é "entusiasmo", dando à palavra o seu sentido grego.
(...)
O homem que é insensível ou indiferente à poesia, à música ou à pintura é um homem ensurdecido no seu ser e diminuído na sua existência. Um homem mutilado, anormal e temível. É o destruidor da alegria.
Sophia de Mello Breyner
(é isto o incendiário... um destruidor da alegria)
(é isto o incendiário... um destruidor da alegria)
06 julho 2012
05 julho 2012
28 junho 2012
(...)
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
(da mais bonita "Lição sobre a água" de que há memória)
25 junho 2012
22 junho 2012
20 junho 2012
You darkness, that I come from,
I love you more than all the fires
that fence in the world,
for the fire makes
a circle of light for everyone,
and then no one outside learns of you.
But the darkness pulls in everything;
shapes and fires, animals and myself,
how easily it gathers them!—
powers and people—
and it is possible a great energy
is moving near me.
I have faith in nights.
19 junho 2012
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